GRANDE ENTREVISTA COM MANUEL VENTURA:
O estado do mercado nacional de artes visuais /
A arte feita por jovens angolanos
MANUEL VENTURA é um artista visual, um dos mais destacados no mercado
angolano. Também é professor do CEARTE (Complexo Escolar das Artes) e
membro da UNAP (União Nacional de Artistas Plásticos).
Em entrevista ao nosso blog, falou-nos sobre a sua trajetória como artista,
o estado do mercado nacional de artes visuais e a arte feita por jovens angolanos.
MANUEL VENTURA iniciou a sua trajetória artística no ateliê de artes Transumância,
seguindo para diversas formações académicas na Escola Nacional de Artes Plásticas,
na Faculdade de Ciências Sociais da UAN (Universidade Agostinho Neto) e no exterior
do país. Traz consigo uma coleção de prémios e exposições individuais e coletivas,
que o tornam um artista experiente e uma referência nas artes visuais angolanas.
Sobre o MERCADO NACIONAL DE ARTES VISUAIS, disse que, apesar de ser um mercado
promissor, existe uma notória falta de apoio. As instituições públicas ou privadas
ainda não encaram as vendas ou compras de obras como promissoras, tornando difícil
a obtenção de financiamento para apoiar os artistas...
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CINCO FORMAS DE RENDER COMO ARTISTA VISUAL EM ANGOLA
O sonho de todo artista é conquistar o auge da carreira, e os artistas
visuais não são exceção. No começo, a luta é alcançar a popularidade, mas ser popular
não é tão compensatório quando não há ganhos financeiros com o trabalho.
Por isso, muitos artistas desistem do sonho de estrelato, deixando de dedicar
tempo e dinheiro na produção e promoção artística, já que não existe retorno.
Mencionamos abaixo cinco formas que muitos artistas visuais utilizam para vender
os seus serviços:

1. VENDAS DE OBRAS DE ARTE.
Vender obras de arte é a forma mais comum de subsistência dos artistas visuais.
Muitos fazem as vendas nos ateliês ou estúdios de arte, outros recorrem a agências
e lojas populares para exibirem as obras, dividindo percentagens dos lucros após a venda.
Outros ainda escolhem vias públicas, praias e locais turísticos. Muitos aproveitam eventos
e feiras para vender, seja em roupas, telas ou peças 3D, dependendo da área
(escultura, gravura, pintura, desenho, etc.).
O custo de produção não é fixo. Uma vez que o artista tenha material em stock,
o custo reduz. O preço de venda depende de quem produz: em Angola varia de
5000 kwanzas (para retratos a lápis A4) até milhões de kwanzas para artistas conceituados.

2. AULAS DE DESENHO OU PINTURA.
Passar o legado também é uma forma de render como artista visual. Num país maioritariamente jovem,
a busca por conhecimento é grande. Através da oferta de aulas de desenho ou pintura, alguns artistas
têm subsistido financeiramente ao criarem cursos de arte. Muitos oferecem as formações nos seus...
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Arte: Dom ou conhecimento?
É quase sempre impossível olhar para uma obra de arte e não ficar estupefato
pela forma como se representam os pensamentos, factos e ilusões numa tela.
Mas uma pergunta que não se cala é: "Dom ou conhecimento?"
Antes de responder, precisamos observar o ponto de vista mais popular
entre as pessoas que não fazem arte, mas a apreciam. Muitas defendem
que para fazer arte é necessário ter dom, referindo-se ao dom como sendo uma
característica da alma demonstrada desde a infância.
No entanto, esta opinião não é partilhada pela maioria dos artistas,
que defendem, pela experiência adquirida, que não basta gostar de...
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A SHORT STORY ABOUT MY LOGO
I created my first official logo in 2012, when I began envisioning my professional career as an artist.
I started to understand the importance of identity, and while I was working
on my clothing brand, which I named "Newstyle," I created a logo for it,
inspired by an open hourglass and the mathematical infinity sign.
I chose an hourglass because...read more